O Caso do Forte Itaipu
Até hoje, muitos sites e matérias ainda costumam lembrá-lo por causa da experiência terrível que supostamente teriam vivido duas sentinelas do Forte de Itaipu, localizado na cidade de Praia Grande, em São Paulo, no dia em 4 de novembro de 1957. Aqui mesmo, ainda em 1997, nos referimos a esse caso.
Mas há pelo menos 12 anos, uma ampla pesquisa empreendida pelo ufólogo Edison Boaventura Jr. chegou a uma revelação surpreendente sobre o caso, às vezes também denominado Caso da Fortaleza de Itaipu.
Dada a importância dessas revelações para a Ufologia e para a pesquisa séria, e diante do fato de que até recentemente o caso continua a ser mencionado como misterioso pela imprensa leiga ou especializada, o Portal Vigília reproduz aqui, na íntegra, artigo sobre o episódio publicado com exclusividade à época pelo Portal Burn. (com a devida autorização, claro).
Trata-se de um trabalho sensacional de pesquisa que elucida, de uma vez por todas, perguntas como: o caso foi real ou uma fraude. Por que ninguém nunca conseguiu localiza as sentinelas do exército? O que aconteceu com as sentinelas queimadas no Forte Itaipu?
50 Anos Depois: A Verdade Sobre o Caso da Fortaleza de Itaipu
Na Bíblia Sagrada encontramos o livro de Provérbios, ditado pelo rei Salomão, onde está escrito no capítulo 19 e versículo 5: “A falsa testemunha não ficará impune; e o que profere mentiras não escapará”.
Diz o ditado popular: “Mentira tem pernas curtas”. Isto mesmo, cedo ou tarde, ela cambaleia, tropeça, cai e acaba sendo aniquilada pela verdade.
O leitor deve estar se perguntando agora o motivo de eu começar o artigo desta forma. Continue lendo e os fatos irão se descortinar paulatinamente e então… entenderás!
Há alguns anos foi realizada uma enquete pelo grupo ufológico da baixada santista (GEUBS) e publicada no Relatório Alfa nº 200, do pesquisador Aldo Novak, sobre a opinião de 50 pesquisadores brasileiros a respeito do grau de credibilidade de alguns dos casos mais famosos de contatos com OVNIs e seus tripulantes da Ufologia Mundial.
Na enquete, os pesquisadores deram notas de “0,00” a “10,00” aos casos, correspondendo à nota “0,00” a nenhuma credibilidade na opinião do pesquisador, e “10,00” credibilidade total.
Nesta pesquisa, o Caso da Fortaleza de Itaipu recebeu nota “8,04”, sendo que ficou entre a faixa de “8,00” e “10,00”, que segundo a pesquisa estaria dentro do nível dos casos verdadeiros, ou seja, de alta credibilidade.
Há 27 anos tomei conhecimento deste clássico caso da Ufologia brasileira e decidi procurar descobrir a verdade dos fatos e inclusive preencher algumas lacunas existentes no mesmo, principalmente em relação aos nomes dos envolvidos no episódio. Assim, ao longo dos anos colecionei vários detalhes interessantes e no início de 2008, resolvi ir a fundo à pesquisa, com objetivo de concluí-la e divulgá-la, o que faço ineditamente neste momento para a BURN – Brazilian Ufo Research Network.
Neste momento o leitor deve estar se perguntando: – O que foi o Caso da Fortaleza de Itaipu? Vejamos a seguir…
Óvni provoca queimaduras em dois soldados
Durante cinco décadas o caso foi divulgado em diversos livros, periódicos, enciclopédias, documentários, catálogos ufológicos, sites, etc. de vários países do mundo. O caso teria acontecido em uma instalação militar do Exército Brasileiro, denominada Fortaleza de Itaipu, localizada no município de Praia Grande, no litoral de São Paulo, no dia 4 de novembro de 1957.
Consta de toda literatura disponível que por volta das 2 horas da madrugada, duas sentinelas armadas que patrulhavam a plataforma de artilharia onde se localizavam os canhões do forte, teriam vivenciado um extraordinário e trágico acontecimento.
Subitamente, do céu em direção ao oceano Atlântico surgiu uma pequena estrela brilhante, que foi aumentando de tamanho rapidamente, até se posicionar velozmente sobre os soldados.
Ao longe o objeto voador parecia ser um avião convencional. Entretanto, em poucos segundos o OVNI em completo silêncio, começou a descer e parou a cerca de 50 metros de altura dos militares, iluminando o local com uma luz alaranjada.
Atônitos, notaram que o OVNI tinha a forma circular e tinha o tamanho de um avião DC-6 (Douglas), enquanto sentiam um leve zumbido nos ouvidos e uma intensa onda de calor envolvendo-os. Informaram mais tarde que sentiam muito calor e a sensação era que seus uniformes estavam pegando fogo.
Um dos soldados caiu desmaiado no solo e o outro se abrigou sob um dos canhões, gritando descontroladamente, a fim de obter socorro da guarnição que estava há alguns metros de distância do local.
Naquele instante houve um blackout e virou uma confusão, pois os militares que foram despertados pelos gritos do soldado tentavam chegar ao local. Minutos depois a luz voltou e os militares presentes observaram a ascensão vertical do OVNI alaranjado. Enquanto isso, outros militares tentavam reanimar o soldado desmaiado, enquanto o outro se debatia aos gritos no chão.
Ambos foram levados para a enfermaria, onde se constatou que eles tinham em seus corpos várias queimaduras graves de primeiro e segundo graus, estranhamente nas áreas protegidas pelas roupas, como se fosse um efeito de microondas.
Os relógios elétricos do forte pararam às 02h03, onde se estima que o fato tenha ocorrido em no máximo 4 minutos.
No dia seguinte, o caso foi abafado pelo comandante da instalação militar, que ordenou que os militares do serviço de informações iniciassem as investigações para elaboração de relatório para ser encaminhados aos superiores. Alguns dias depois, membros da missão militar americana chegaram ao forte com oficiais da Forca Aérea Brasileira para apurar os fatos.
Os soldados foram transferidos para o Hospital Central do Exército, no estado do Rio de Janeiro. Três semanas mais tarde, um oficial do forte interessado em relatos sobre OVNIs procurou o médico e ufólogo Dr. Olavo Teixeira Fontes e contou detalhes do ocorrido. Logo em seguida o ufólogo contatou colegas do hospital, os quais confirmaram estarem os dois soldados sendo tratados de graves queimaduras. Infelizmente, foi somente esta informação que obteve sem outros maiores detalhes. Um dossiê foi elaborado pelo Dr. Fontes com informações incompletas.
Documento Liberado pelo FOIA
Na década de 90, obtive uma cópia de um documento em inglês, da Embaixada, liberado pelo FOIA – Freedom of Information Act, cujo conteúdo era similar as informações já divulgadas até então. Curiosamente, o documento que trazia resumidamente o episódio não continha nomes dos militares, apenas o nome do Dr. Fontes e também não havia assinatura de ninguém que pudesse identificar a procedência do documento.
A época do fato…
Primeiramente, precisamos saber em que contexto está inserido o fato. Assim, perceberemos quais ocorrências poderiam ter influenciado a narrativa em questão.
Por meio de pesquisas que realizei na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, encontrei quatro reportagens exclusivas de Robert E. Sullivan, publicadas na extinta revista “Mundo Ilustrado” (Nºs. 50, 51, 52 e 53 – Período de novembro a dezembro de 1958) que nos permite vislumbrar o cenário em que se deu o fato.
Nas quatro matérias encontrei subsídios para afirmar que a época era de grande excitação mundial, pois os russos tinham acabado de lançar o Sputnik I – primeiro satélite feito pelo homem – que circulou a órbita da Terra, em outubro de 1957.
No dia 03 de novembro de 1957, ocorreu o lançamento do Sputnik II e enquanto as primeiras notícias da conquista espacial soviética estavam no ar, começou a aumentar em todo o mundo os relatos de aparições de OVNIs.
Na primeira matéria da revista “Mundo Ilustrado”, intitulada “A era do ‘Sputnik’ provoca o reaparecimento dos discos“ encontramos numerosas ocorrências relatadas nos Estados Unidos testemunhadas por policiais, civis, militares do Exército, operadores de radar, um soldado do Corpo de Bombeiro e um cientista.
Na reportagem consta que no período de 3 a 10 de novembro de 1957, “uma verdadeira avalancha de aeronaves desconhecidas, de objetos ovoides, discoides, cilíndricos ou esferoides, invadiu todos os cantos da Terra, repetindo-se por inúmeros países – simultaneamente – as mesmas histórias sobre motores de veículos paralisados, rádios e televisões afetados e luzes se apagando – sob a influência dos estranhos objetos. Inclusive no Brasil. Os países mais afetados foram principalmente o Canadá, o México, a Venezuela, o Peru, o Chile, a Argentina, a África do Sul, os países da Europa Ocidental, a Austrália, o Egito, as Ilhas Fidji e o Havaí. Dos países por detrás da “cortina de ferro”, como de costume, nenhuma notícia transpirou”.
A segunda matéria da revista “Mundo Ilustrado”, intitulada “Operação sideral de vastas proporções sobre o planeta como demonstração de força”, encontrei na página nº 26 a informação de que várias instalações do Exército Brasileiro tinham sido sobrevoadas. Transcrevo na íntegra o trecho: “Sobre o Brasil, essa operação em grande escala apresentou um aspecto também particularmente significativo – jamais observado anteriormente. A partir de 4 de novembro, pelo menos dez quartéis do Exército Brasileiro foram ‘estudados de perto’ por objetos aéreos não identificados. Foram assim ‘visitados’: 1) o quartel do Exército em Santa Maria, Rio Grande do Sul (7/Nov); 2) o quartel do 2º B.C.C.L., em Santo Ângelo, Rio Grande do Sul (4/Nov); 3) a fortaleza de Itaipu, em Santos, São Paulo (5 ou 6/Nov); 4) o quartel do 14º R.I., em Recife, Pernambuco (18/Nov); 5) o mesmo quartel, pela segunda vez (27/Nov); 6) o quartel do 1º Batalhão de Infantaria Blindada do Exército, em Volta Redonda, Rio de Janeiro (meados de novembro); 7) o Q.G. da VI Região Militar, em Salvador (6/Dez);
o quartel do 2º B.C., em São Vicente, São Paulo (12/Dez); 9) os terrenos ocupados pela fábrica do Exército, em Piquete, São Paulo; 10) um quartel do Exército em cidade não identificada, no interior de Pernambuco (meados de novembro)”.
No mesmo artigo encontrei também esclarecimentos de que os 10 incidentes citados foram noticiados pela imprensa, com exceção de dois. Contudo, não explicita em detalhes quais seriam estes dois casos. Seria um deles o acontecido no Forte Itaipu? Em certo trecho afirma: “Um desses, que não foi noticiado na imprensa, encerrava detalhes particularmente impressionantes, capazes de abalar o mais teimoso dos céticos”.
É oportuno dizer também que aparentemente há uma incorreção na data, pois nas literaturas convencionais falam que o fato ocorreu no dia 4 de novembro e não no dia 5 ou dia 6 como está publicado na matéria…
As outras duas matérias finais da série de quatro artigos escritos por Sullivan apresentam detalhadamente informações sobre os sinais estranhos observados e um satélite desconhecido que estava na ocasião em órbita da Terra.
Resumidamente, as matérias nos levam a uma conclusão de que os casos que ocorreram de forma avassaladora em todo o Planeta têm uma ligação direta com o lançamento do Sputnik II e que há um interesse dos OVNIs por nossas “defesas terrestres”.
Sobre os casos ocorridos nos quartéis pernambucanos, está publicado no Boletim SBEDV Nº 1, de 23 de dezembro de 1957, nas páginas nº 3 e 4, da Sociedade Brasileira de Estudos sobre Discos Voadores, citando que o fato foi desmentido posteriormente de forma ridícula. Vejamos a transcrição daquele informativo carioca: “Lá, o disco sobrevoou e parou sobre o quartel do 14º R.I. e iluminou o paiol e os dizeres ‘Aqui aprendemos a defender a Pátria’. O caso foi relatado à imprensa pelo Tenente Eugênio Pereira de Melo, o sargento adjunto Mendes e vários cabos e soldados da guarnição. A ocorrência durou cerca de 20 minutos, sendo observado a olho nu e por binóculos. Nessa mesma ocasião, pessoas postadas na Base Aérea de Recife presenciaram a passagem de um objeto luminoso se deslocando nos céus daquela cidade. O Comando da 7ª Região Militar tornou público em princípio de dezembro que, após inquérito sigiloso, concluiu-se que o disco que ficou parado 20 minutos sobre o quartel e que fez movimentos no sentido vertical foi apenas um avião internacional que procurava aterrar”.
No Boletim SBEDV N° 08, editado em 1959, vislumbramos a estatística da onda de 1957. Foi registrado um total de 62 casos no último bimestre daquele ano, sendo que somente em novembro foram computadas 19 ocorrências na região sudeste. Novembro foi o pico da onda ufológica daquele ano.
Primeira Notícia Publicada Sobre o Caso
Durante anos procurei em diversos jornais e antigas revistas nacionais para saber quando foi publicado pela primeira vez o caso da Fortaleza Itaipu e curiosamente, o fato não foi divulgado no mesmo ano. Não havia nada nos jornais locais e nos de maior circulação no País. Somente em 22 de fevereiro de 1958, a revista “O Cruzeiro”, fazia uma pequena e simplista menção ao caso.
O pioneiro pesquisador do GENA – Grupo de Estudos de Navexologia e Arqueologia, Sr. J. Victor Soares enviou-me gentilmente do seu arquivo pessoal, uma cópia da matéria da revista “O Cruzeiro” anexada a sua carta de 14 de junho de 2008. Reproduzo o trecho da reportagem de João Martins que faz menção ao caso: “No dia 2 de novembro de 1957, outro ‘objeto aéreo não identificado’ evoluiu sobre o Forte de Itaipu, em São Vicente (São Paulo), por mais de cinco minutos, visto pela oficialidade. O comandante ordenou um relatório secreto sobre o caso”.
Três meses depois, em 24 de maio de 1958, a revista “O Cruzeiro” publicou novamente o caso acrescentando que “teria sido presenciado pela oficialidade e pelo próprio Comandante do Forte, não pode ser descrito com detalhes, visto que não foi confirmado oficialmente por aquelas autoridades. Fontes bem informadas asseguram que o Comandante ordenou a elaboração de um relatório secreto a respeito. Dizem também que os aparelhos elétricos sofreram interferência, tendo ficado paralisados. Da nossa parte, porém, nada podemos adiantar, pois não temos nenhuma declaração autorizada em que nos apoiar, limitando-nos, portanto a consignar o incidente conforme foi noticiado inclusive pela própria imprensa de São Vicente (São Paulo)”.
Nos dois artigos há uma aparente incorreção na data, pois é relatado que o caso teria ocorrido no dia 2 de novembro e não no dia 4. Tanta disparidade em relação à data do episódio nos faz refletir em que dia realmente teria ocorrido o fato? Dia 2, dia 4, dia 5 ou dia 6?
No exterior, o caso foi divulgado inicialmente pela APRO – Aerial Phenomena Research Organization, dos pesquisadores Jim e Coral Lorenzen, em seu periódico “APRO Bulletin”, de Setembro de 1959.
O pesquisador e médico Dr. Olavo Teixeira Fontes, que se relacionava com o casal, teria fornecido os dados do caso para os ufólogos americanos, que publicaram o artigo “Shadows of the Unknown: Friends or Foes” que traduzindo significa: “Sombras do Desconhecido: Amigos ou Inimigos”.
Outros ufólogos americanos, como por exemplo, o militar da reserva Major Donald E. Keyhoe chegou a publicar o fato na página nº 29 de seu livro: “A Verdade sobre os Discos Voadores”, da Editora Global. Também no livro “O Guia dos Ufos”, de Norman J. Briazack e Simon Mennick, na página nº 111, encontramos o verbete “FORTE Itaipu”.
Após estas publicações o caso espalhou-se pelos quatro cantos do planeta e atualmente está maciçamente divulgado na Internet por meio de home pages de grupos ufológicos de vários países.
“Fuzil retorcido”
Um detalhe do caso que me surpreendeu foi as declarações do capitão Galileu, confirmadas anos mais tarde pelo tenente Azevedo, sobre o “fuzil retorcido”. Assim, no dia 29 de janeiro de 2008 enviei mensagem aos cuidados do major Lecínio, no Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana – MHEx/FC, no Rio de Janeiro – RJ, solicitando informações e autorização para fotografar o “fuzil retorcido” ou ainda que, se possível, me enviassem uma fotografia do mesmo. Como o tenente Azevedo informou que aquele armamento estaria exposto naquele museu, eu reiterei minha mensagem por três vezes, no dia 11 de fevereiro, no dia 26 de fevereiro e finalmente no dia 16 de março. Somente no dia 17 de março de 2008 recebi resposta do museu, assinada eletronicamente pelo major Lecínio – chefe da divisão de comunicação social – e que transcrevo a seguir: “Caro Sr. Edison Boaventura Júnior, não foi encontrada, nenhuma evidência, prova ou informação oficial a respeito do fato citado, caso ocorra alguma novidade, o senhor será informado”.
Fiquei intrigado com a resposta obtida e então, realizei uma viagem à cidade do Rio de Janeiro em 29 de março de 2008, visitando pessoalmente o Museu Histórico do Exército e também o Forte Copacabana. Naquela oportunidade pude constatar que realmente não existia nenhuma informação sobre o caso e nenhum indício do tal “fuzil retorcido”.
O que Dizem os Comandantes do Forte?
Em 07 de fevereiro de 2002, escrevi para o ex-vereador do Partido Progressista (PP) e ex-comandante da Fortaleza Itaipu, coronel reformado Sr. Antônio Erasmo Dias para obter informações sobre o caso. Em resposta, o coronel Erasmo Dias afirmou não saber nada a respeito do acontecido, mas solicitou-me que entrasse em contato com outro comandante daquela instalação militar, o tenente coronel reformado Sr. Osman Ribeiro de Moura, que segundo ele, poderia ter alguma ciência do fato.
Alguns meses depois, no mesmo ano de 2002, visitei o ex-comandante Osman Ribeiro de Moura em seu apartamento na Praia do Gonzaga, em Santos-SP. Ele já estava bem debilitado em virtude da idade avançada e de um infarto, do qual estava se recuperando. Com muita dificuldade ele me confirmou o avistamento de um OVNI no Forte Duque de Caxias, mas não conseguiu lembrar-se de detalhes do episódio e não soube informar sobre os soldados queimados, nem tampouco sabia o nome dos mesmos. No ano seguinte, em 5 de março de 2003, o ex-comandante faleceu.
Seis anos depois do primeiro contato que tive com o ex-coronel Erasmo Dias, resolvi escrever novamente solicitando informações sobre o caso, o que fiz por meio de carta registrada e AR (Aviso de Recebimento) no dia 01 de abril de 2008.
No dia 08 de abril de 2008 às 12h24 recebi ligação do coronel Erasmo Dias em meu telefone celular, sendo que ele negou categoricamente o episódio, afirmando: “Realmente eu fui comandante na Fortaleza Itaipu e sou uma testemunha viva da história de nosso País, mas nunca ouvi falar sobre este caso. É um absurdo e deve ser uma lenda!”.
Quando recebi o ofício nº 007-Arq, assinado pelo subcomandante de Formosa-GO com a lista contendo 400 nomes dos militares que serviram na Fortaleza, eu percebi que o comandante onde ocorreu o fato era outro: Adston Pompeu Piza – pois a documentação oficial estava assinada por ele.
Assim, em agosto de 2008 localizei em Manaus-AM o filho do comandante Adston, que se chama Adston Pompeu Piza Filho. Em ligação telefônica ele gentilmente me atendeu e repassou posteriormente o telefone do seu irmão que tinha mais informações sobre o caso, pois seu pai já havia falecido.
Às 17h30 do dia 22 de agosto de 2008 conversei por telefone com o filho do ex-comandante, Sr. Narbal de Mello Pompeu Piza que disse não ter muitos dados a acrescentar ao caso de 1957. Disse ele: “Eu devia ter uns 10 anos de idade na época e me lembro muito bem quando meu pai chegou de manhã e contou que ele e outros militares haviam visto de madrugada um objeto luminoso. Foi no começo de novembro e nós estávamos dormindo naquela hora, mas meu pai viu e falou-nos que só viu uma luz descer em cima da bateria de canhões. Jamais ouvi sobre soldados queimados. Isso para mim é novidade!”
Narbal contou-me ainda outro caso que presenciara entre os anos de 1954 e 1955, quando seu pai servia em um quartel do exército em Salvador, na Bahia. Eles viram em pleno dia na Praia da Barra, um objeto voador não identificado que realizava movimentos muito rápidos. Esta aparição lhe impressionou muito que se lembra do fato até os dias atuais.


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