Mistério nos céus do Brasil
No dia 3 de junho de 1982, um fato histórico nos céus do Brasil.
O comandante do bombardeiro, Neil McDougall, sem opção, deu a proa para o aeroporto do Galeão. O navegador contatou o controle brasileiro e declarou emergência. Foi então que o controle negou auxílio e a entrada no espaço aéreo nacional. Sem combustível, o piloto ignorou e continou na rota.
A defesa aérea acionou dois caças Northrop F-5E da Força Aérea Brasileira (FAB) para interceptar o avião estrangeiro.
Os jatos, FAB 4832 e FAB 4845, foram vetorados até o alvo. Um fato curioso é o radar do F-5E (Emerson Electric AN/APQ-153) não conseguiu captar o bombardeiro. Quando o controlador avisou os pilotos que estavam "sobre o alvo", um dos pilotos inverteu e viu logo abaixo o que ele descreveu como "uma grande e bela arraia".
Os caças - armados somente com os canhões - se posicionaram ao lado do Vulcan e tentaram contato. Neil, atento ao pouco combustível, ignorou os chamados. O bombardeiro só tinha combustível para chegar. Se perdesse o pouso, não teria para uma segunda aproximação.
Ignorados pelos ingleses, um dos F-5E realizou uma passagem brusca a frente da cabine da tripulação. O bombardeiro vibrou com a manobra. Foi nessa hora que eles perceberam que os brasileiros não estavam brincando e passaram a se comunicar.
Os F-5E escoltaram o Vulcan até o aeroporto. O tráfego foi todo desviado. Neil, um hábil e experiente piloto de Vulcan, realizou uma manobra de perda de energia perfeita, mantendo o nariz alto até o ultimo momento.
Após o pouso, o resto é a história que todos conhecem.
Na imagem, o XM597 no HUD de um dos F-5E Tiger II da FAB.
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