Fatos incríveis sobre Carl Sagan
1. Foi rejeitado por Harvard
Histórias como essa são mais comuns do que imaginamos, mas seguem espantando a nós, comuns mortais. Carl Sagan atuou por cinco anos como professor assistente em Harvard, uma das mais conceituadas universidades do mundo. Em 1967, surgiu a oportunidade de ter um cargo fixo como professor principal, mas não foi isso o que aconteceu.
À época, Sagan seguia produzindo como pesquisador, tendo um de seus mentores na Universidade de Chicago ridicularizado publicamente um de seus trabalhos, chamando-o de prolixo e sem sentido. Harvard, então, achou melhor não lhe oferecer o posto, fazendo com que Sagan fosse trabalhar em Cornell, onde permaneceu até sua morte.
2. Sagan foi contrário aos programas de orbitação espacial
Em especial ao longo dos anos 1980, o governo norte-americano intensificou seu programa espacial, planejando o lançamento de muitas naves para orbitação espacial. Carl Sagan foi um feroz crítico da iniciativa.
Segundo defendia o astrônomo, enviar astronautas para o espaço com o único objetivo de ficar dando voltas em torno da Terra era, além de desperdício de tempo, um gasto enorme e sem fundamento.
Sagan defendia que os esforços fossem direcionados à exploração espacial, com a tentativa de ir a lugares mais distantes do espaço, quem sabe até encontrando vida inteligente em outros planetas.
3. Pioneiro em alertar sobre o aquecimento global
É claro que ativistas como Greta Thunberg são importantíssimos para pensarmos um futuro viável ao planeta. Mas antes de virar modinha defender que o mundo enfrentava sérias mudanças climáticas, Carl Sagan fez isso em sua tese de pós-doutorado, em 1960.
Analisando a atmosfera de Vênus, o cientista criou um modelo teórico que mostrou como as temperaturas extremamente altas da superfície do planeta tinham relação com o efeito estufa de uma atmosfera cheia de dióxido de carbono e vapor de água. O homem foi um verdadeiro pioneiro.
4. Carl Sagan defendia a legalização da maconha
Estivesse vivo, Carl Sagan participaria de uma Marcha da Maconha. Em 1969, utilizando o pseudônimo de "Sr. X", o cientista elaborou um ensaio, publicado na revista Time, em que defendia os benefícios pessoais do uso da planta.
Em seu relato, afirmava que a maconha havia potencializado seu apreço por arte e música, sinalizando que sua ilegalidade era ultrajante, tratando-se de uma droga que "ajuda a produzir serenidade, sensibilidade e companheirismo".
5. Criticou abertamente a franquia Jornada nas Estrelas
Os nerds dos anos 1970 e 1980 tinham em Jornada nas Estrelas um lugar de conforto, onde podiam assistir em formato de entretenimento aquilo que muitos deles estudavam na vida real. Carl Sagan, porém, levava o programa muito a sério, e já naquela época defendia que Jornada nas Estrelas fosse mais inclusivo.
Em um artigo para o The New York Times, escreveu: "Em uma sociedade global de séculos no futuro, os oficiais são exageradamente muito anglo-americanos". Realmente, um defensor da igualdade à frente do seu tempo.
6. Sonhava transformar seu livro Contato em um jogo para videogame
Contato, romance escrito por Carl Sagan, foi o projeto de algo muito maior. A ideia original do cientista eram que o material que produzia fosse o roteiro para a criação de um jogo para videogame.
Não seria um jogo de ação tipo Alien. Na realidade, a proposta era que os jogadores controlassem um alienígena que viria à Terra trazendo uma mensagem de paz, ajudando os humanos a evitar catástrofes. Talvez não fosse um sucesso comercial, mas, sem dúvida, foi bastante imaginativo.
Uma de suas citações mais conhecidas revela em grande parte sua linha de pensamento: "Se não existe vida fora da Terra, então, o Universo é um grande desperdício de espaço".
Nascimento, 9 de novembro de 1934 · Nova Iorque, Estados Unidos da América
Dois anos depois de ser diagnosticado com mielodisplasia, e depois de se submeter a três transplantes de medula óssea provenientes de sua irmã, Carl Sagan morreu de pneumonia aos 62 anos de idade no Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson de Seattle, Washington, em 20 de dezembro de 1996. Sagan foi enterrado no Lake View Cemetery, em Ithaca, Nova Iorque.


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